O Bom Tesouro
Personagens
*Marilu
*Roberval
*Susie
*Morgana
*Cristã
*Dono do Bar
*Segurança 1
*Segurança 2
*Cristão 1
*Cristão 2
Narração
O homem de hoje em dia está tão mergulhado no seu próprio eu, a tantas coisas o homem tem dado valor nesta vida que esquece de dar valor àquele que lhe deu a própria vida, só por amor. E na maioria das vezes é preciso que ele passe por uma situação que lhe provoque uma mudança de 180º graus, para que entenda que a cobiça pela luxúria, fama ou por qualquer outro motivo que encha seu coração de orgulho e pobreza, pobreza em todos os sentidos. Não espere que aconteça algo em sua vida para dizer a Deus que ele é importante para você. Pois o Criador está de braços abertos para te receber e só depende de você para a concretização desse encontro e a descoberta do Bom Tesouro: Jesus.
CENA 1
Cenário: Sala de visitas
Marilu: Meu bem, caviar brasileiro? Você acha que isso presta?
Roberval: Eu acho que...
Marilu: Você não acha nada. Não... vou querer o importado.
Roberval: Mas... meu bem.
Marilu: Nada de me contrariar, heim.
Roberval: Está bem meu docinho de coco, mas...
Marilu: Docinho de coco!? Que horrível... para Roberval.
Roberval: Meu amor, você sempre foi tão romântica.
Marilu: Sai daqui Roberval... que grude.
Roberval: Isso é amor.
Marilu: Tá, tá, Roberval.
Roberval: Meu docinho de...
Marilu: Roberval, da próxima vez que você me chamar assim eu...
Roberval: Desculpe florzinha, mas, ouça-me.
Marilu: Fale. O que quer?
Roberval: Bem é que venho fazendo um levantamento dos nossos bens e...
Marilu: Hum...
Roberval: Parece que...
Marilu: Fale logo, seu pamonha.
Roberval: Calma minha filha.
Marilu: Ahhh...
Roberval: É que estamos falidos.
Marilu: Falidos!? Ai! Acho que estou morrendo.
Roberval: Não faça isso minha jóia.
Marilu: Minha jóia!? Minhas jóias, eu preciso ver isso de perto... imagina se um retardado como você, vai saber fazer contas. Traga todas as contas aqui.
Roberval: Meu amor, mas eu já conferir tudo.
Marilu: Agora!
Roberval: Está bem eu já vou.
Marilu: Eu acabo com esse palerma.
(batem na porta)
Marilu: Onde estão os empregados? Eu abro a porta mas desconto do salário de todos eles.
Cristã: Bom dia!
Marilu: Péssimo dia! O que é?
Roberval: Aqui minha flor.
Cristã: Senhora eu queria lhe falar sobre...
Marilu: Moça, depois você me liga, manda um e-mail, mas agora não dá!
Cristã: Só irei levar alguns minutinhos, senhora.
Marilu: Bye, bye querida (bate a porta). Esses crentes... sim, vamos lá... a propósito onde estão os serviçais?
Roberval: Foram embora.
Marilu: Foram embora!? Que ousadia, por que eles fizeram isso?
Roberval: Estavam com o salário atrasado.
Marilu: Ah! Por isso eles vão embora. Quantos meses?
Roberval: Cinco meses.
Marilu: Só cinco!? Esse povo reclama de barriga cheia. Deixa eu ver como você me levou a bancarrota.
Roberval: Eu não tive culpa, há tempo que os negócios não vão bem.
Marilu: (olhando as contas) Machado Alcântara Saião, pobre? Jamais! Vamos fazer alguma coisa.
Roberval: Fazer o que?
Marilu: (pensa um pouco) Um empréstimo. Vamos tomar um empréstimo.
Roberval: Mas, é que...
Marilu: Ás vezes você fala demais Roberval... cala a boca e vamos no banco.
Roberval: É...
CENA 2
Cenário: Banco
Marilu e Susie: Ah! (se cumprimentam)
Susie: Vamos... sentem-se.
Marilu: Olá, Susie. Tudo bom?
Susie: Tudo bom querida. Dr. Roberval, como vai?
Roberval: Vou bem.
Marilu: Quanto tempo um!?
Susie: Realmente, faz o que... uns dois anos que agente não se vê.
Marilu: É, e como vai o maridão?
Susie: Você não soube?
Marilu: O que?
Susie: Ele morreu .
Marilu: O Almeidinha, mas ele era tão jovem.
Susie: Jovem o que Marilu? Uma pessoa com 56 anos, problema de coração, diabetes e outras doenças que não deu tempo dos médicos identificarem. Já estava na hora dele partir.
Marilu: Eu sinto muito.
Susie: Não sinta não.
Roberval: Não? Por que?
Susie: Por que só assim eu fiquei com a fortuna daquele velho ranzinza e chato.
Marilu: Sempre esperta
Susie: Sim, mas o que os trouxeram aqui?
Marilu: Na verdade Susie, o assunto que me trouxe aqui é um pouco delicado.
Susie: Tudo bem, dependendo de mim pode contar comigo.
Roberval: Nós sabemos.
Marilu: Bem, resumindo tudo, a anta do meu marido nos colocou na pior e precisamos de um empréstimo.
Roberval: Não foi bem assim...
Marilu: Fique calado Roberval. E aí Susie?
Susie: Seria um prazer ajudar, mas...
Marilu: Precisamos de uma boa quantia, quanto podemos retirar?
Susie: Bom, Marilu. O Dr. Roberval tem um saldo negativo com o nosso banco e é um valor bem alto.
Marilu: Ah! Então eu vou em outro banco em que eu também confie.
Susie: Na verdade não é só aqui no banco, não, mas vocês estão sem crédito em todas as financeiras. Não tenho como ajudá-los.
Roberval: Foi tudo pelo bem da empresa, acredite.
Marilu: Mas, Susie, como é que pode isso?
Susie: Isso só seu marido pode lhe responder.
Marilu: Susie, por tudo que eu já fiz por você.
Susie: Marilu isso não é pessoal, é profissional.
Marilu: Profissional? Você é uma ingrata, espero que seja demitida.
Susie: Seguranças, por favor tirem-na daqui.
Roberval: Não precisa de seguranças, nós conhecemos o caminho.
Marilu: (esperneando) Depois de anos puxando o nosso saco agora nós colocam para fora. (sendo levada)
(Ao sair do banco Marilu recebe um folheto de um evangelista e o amassa sem ao menos ler) Marilu: Se eu fosse um mulher violenta, dava uns bons tapas na Susie.
Roberval: Mas meu amor ela não era sua amiga desde a infância.
Marilu: Amiga o quê... eu tinha que aturar aquela perua, porque ela era casada com um amigo do meu pai.
Roberval: Ah! Entendi benzinho.
Marilu: O que!? Não fale comigo, não me toque, nem olhe pra mim, estou com raiva de você, tá!?
Roberval: Tá!
Marilu: Seu banana, olha uma cartomante! Vamos ver o nosso futuro.
Roberval: Mãezinha...
Marilu: O que é?
Roberval: É que eu não acredito nisso de adivinhação.
Marilu: Problema seu, vamos logo.
CENA 3
Cenário: Tenda da cartomante
Marilu: Bom dia!
Morgana: Bom dia! Eu sou Morgana, o que desejam?
Marilu: Nos viemos aqui porque...
Morgana: Já sei desejam saber do futuro.
Roberval: Ótimo. Você consegue não é?
Morgana: Está duvidando do meu poder?
Marilu: Jamais é que isso aqui (apontando para Roberval) fala muita besteira. Vê se não atrapalha.
Morgana: Então vão querer meus serviços.
Marilu: Vamos sim pode começar.
Morgana: Tudo bem, mas o pagamento é adiantado.
Roberval: Ha! Ha! Ha!
Marilu: Mas não temos dinheiro, estamos falidos.
Morgana: Logo eu vi... sua áurea está preta.
Roberval: Ah! Claro.
Morgana: Mas infelizmente... (aponta para a saída)
Marilu: O relógio do Roberval, é de ouro pode ficar com ele.
Roberval: Mas... meu relógio!?
Marilu: Cale a boca e fique quieto. Pode começar agora.
Morgana: Irei consultar a bola de cristal. Concentrem-se... preciso de energia positiva... hum... estou vendo....
Roberval: Está vendo o que?
Marilu: (cutucando Roberval) Fique quieto.
Morgana: Silêncio... eu vejo... eu vejo...
Marilu: Eu acho que também estou vendo
Roberval: Por quê que só eu não vejo nada?
Morgana: Perdi a concentração.
Marilu: Tudo bem tenta de novo.
Morgana: Ai terá que pagar outra consulta.
Marilu: Está bem eu pago.
Roberval: Marilu, chega. Você não vê que essa mulher é uma farsante. Vamos sair daqui. (puxando a mulher para fora)
(Passam em frente a um igreja evangélica, um obreiro os convida para entrarem mas eles recusam) Marilu: E agora Roberval? O que será de nós, dos nosso filhos?
Roberval: Marilu, não temos filhos.
Marilu: Eu aqui preocupada com o nosso futuro e você aí se prendendo a esses detalhes. Você deveria está em excursão pelo Afeganistão, passando uns dias em Cabul ou Kandahar.
Roberval: Por você eu ia minha flor.
Marilu: Ia? Com uma bandeira dos EUA enrolada em você, não é?
Roberval: Mas aí eles iriam me matar.
Marilu: Mentira!?
CENA 4
Cenário: Bar
Marilu: A nossa vida esta acabada sem dinheiro, nada de amigos, festas, não seremos ninguém.
Roberval: A culpa é minha, eu me detesto, sou um perdedor.
Marilu: Ainda bem que você sabe.
Dono do Bar: Vão querer alguma coisa.
Marilu: Não... ah, vocês tem Winsk 12 anos?
Dono do Bar: Winsk? 12 anos? Você pensa que está aonde?
Marilu: No fim do poço.
Roberval: Eu não sabia que aqui era o fim do poço.
Marilu: A essa altura dos fatos eu nem vou mandar você calar a boca.
Dono do Bar: Tem pinga, querem?
Cristã: Boa tarde, é que eu estava passando ali e vi que era a senhora que estava aqui e vir falar com você.
Marilu: Eu te conheço? Seu rosto não me é estranho.
Cristã: Eu sou a moça que fui na sua casa hoje pela manhã.
Marilu: Ah! Aquela moça que eu bati a porta na sua cara.
Cristã: É, sou eu mesmo.
Marilu: Não ficou zangada comigo, ficou?
Cristã: Não, apenas gostaria de lhe falar o que não pude lhe falar pela manhã.
Marilu: Pode falar.
Cristã: O que eu quero dizer a vocês é simples, existe alguém que conhece os teus problemas, está em todo tempo com vocês e jamais, em tempo algum irá lhes abandonar. É o Deus que te deu a vida pra vocês e que hoje está de braços abertos para o receber, sem cobrar nada em troca, muito pelo contrário, deseja lhes abençoar com vida, saúde, prosperidade e outras coisas mais.
Marilu: Tai, eu quero conhecer esse Deus de que vocês tanto falam.
Roberval: E o que precisamos fazer para conhecê-lo?
Cristã: Basta somente crê em seus corações e recebê-lo.
Marilu e Roberval: Nós queremos recebê-lo.
Roberval: É, e fortalecidos nele vamos recomeçar.
Marilu: Eu te amo, meu docinho de coco.
Dono do Bar: Vão querer alguma coisa?
Marilu, Roberval e Cristã: NÃO!!!